Domingo, 28 de Maio de 2017

POMPEIA: A vida petrificada

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Uma visita a Pompeia, a cidade que a erupção do Vesúvio sepultou há vinte séculos sob um manto de lava. Casa a casa, um olhar sobre a intimidade dos seus antigos habitantes. Rua a rua, a revelação do último instante, quando a tragédia apagou o esplendor de uma porção do Império Romano mas, ao mesmo tempo, a eternizou.

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Ao deambular por entre as casas de Pompeia, tudo parece suspenso num impasse misterioso, como se os seus vinte mil habitantes dormissem uma longa sesta. Os fanáticos das teorias da conspiração encontrariam um belo argumento para a hipótese da sesta de Pompeia ao leram um anúncio ainda exposto numa parede do Fórum: "Macerior pede ao magistrado que proíba que se faça barulho na rua e que se incomode as pessoas decentes que estão a dormir". É possível imaginar que, a qualquer momento, a actividade frenética da cidade poderia ser restabelecida, com pessoas a passear pelas estreitas ruas de empedrado, dirigindo-se ao mercado, ao teatro, à lavandaria ou a algum dos 35 bordéis com escravas gregas e orientais que faziam furor entre os habitantes de Pompeia.

Ao transpor o átrio de qualquer uma das casas -a maioria com o nome do seu antigo proprietário-, poderia pensar-se que um dos seus habitantes vem receber-nos, vestindo uma túnica branca e sandálias romanas. Talvez Popidio Prisco, Marco Lucrecio (comandante decurião e sacerdote de Marte) ou Juana Felicce, uma aristocrata arruinada que colocou um anúncio oferecendo quartos para alugar, para enfrentar a crise.

Mas quando entramos, descobrimos que todos se foram. Modesto, o padeiro, deixou as portas abertas e 81 pães acabados de cozer. Numa outra casa, a mesa ficou posta, com um recipiente cheio de ovos. Na casa de Lucio Jocundo, o banqueiro, a caixa forte foi encontrada cheia de valores, e numa outra, um cirurgião deixou 40 peças de bronze cuidadosamente dispostas para a próxima operação.

O último dia de Pompeia é uma das atracções turísticas mais visitadas do planeta, juntamente com a Disneylândia. Mas as diferenças entre as duas é abismal. Enquanto numa a feira de vaidades é a apoteose cenográfica -com castelos, cidades e bosques decorativos, cujo encanto é assemelharem-se aos verdadeiros-, em Pompeia tudo é absolutamente real. E atroz.

POMPEIA.A vida petrificada 2.JPG  

Em vez de sorridentes figuras de cera, aqui existem imagens de gesso -também em tamanho natural e com rostos expressivos -, mas esculpidos por um cruel fenómeno natura.

Quando um inferno de lava libertou a sua fúria sobre Pompeia, aqueles que não conseguiram fugir morreram sepultados numa mortalha vulcânica hermética. A lava arrefeceu e com o passar dos anos os corpos desintegraram-se, deixando um espaço vazio na posição em que estavam quando faleceram, nalguns casos tapando a cara com as mãos, em desespero. Os arqueólogos só tiveram de localizar esses espaços fantasmagóricos por meio de ressonância e voltar a enchê-los com gesso líquido que, ao endurecer, resultou em estátuas esculpidas sobre o contorno dos corpos já desintegrados.

POMPEIA.Panorâmica da cidade destruída por erup

Recriação da cólera do Vesúvio

Foram encontradas cerca de 2 mil vítimas por toda a cidade. Algumas no meio da rua, num esforço sobre-humano para se erguerem. Outras morreram sob os escombros das suas moradias, como a proprietária da Casa do Fauno, petrificada quando se apressava a sair para a rua, levando consigo uma bolsa coma as suas pulseiras de ouro, espelhos de prata e moedas valiosas. Na solidão de outros quarto, uma menina escondia a cabeça debaixo de uma túnica e, no Jardim dos Fugitivos, um homem corpulento morreu, sentado junto a um saco que continha os seus pertences. Foram também encontradas pessoas com uma garrafa de veneno a seu lado -possíveis suicidas- e gladiadores acorrentados, impossibilitados de escapar. As imagens das vítimas estão expostas no Antiquarium -junto à Porta Marina- e em expositores de vidro nas Termas de Estabia.

"Os frescos que decoram as paredes parecem cadáveres maquilhados", disse o príncipe Maximiliano da Áustria quando visitou uma casa de Pompeia. A violenta exactidão desta frase pode ser verificada num retrato nítido encontrado na casa de Paquio Proculo, que posa para o quadro com a sua mulher, pouco antes de um apocalipse de fogo se abater sobre eles.

Em Pompeia, o ireemediável espectáculo da morte deizou um traço selvagem. Mas a distância no tempo tende a suavizar a marca trágica, que outros iludem com a técnica do humor negro.

Povoação democrática

Como em todas as cidades ao longo da História, também em Pompeia a arquitectura é um reflexo da política, uma cidade democrática no sentido mais clássico do termo. No seu centro geográfico encontram-se os restos das colunatas que rodeavam três lados do Fórum, enquanto a frente era ocupada pelo templo de Júpiter. O Fórum situa-se num nível elevado, sobre uma pequena plataforma em frente da qual, por vezes, o povo se reunia para decidir, por aclamação, sobre as propostas dos magistrados. A vida política, religiosa e social decorria nesse local e respectivos arredores. De um lado, na Basílica, administrava-se a justiça e faziam-se as transações comerciais mais importantes. Ao fundo da nave principal, ainda se mantém de pé uma tribuna de onde os oradores falavam.

No extremo oriental do Fórum situa-se o "macellum", o grande mercado de produtos alimentares de Pompeia, onde foram descobertos restos de cereais e espinhas de peixe num lavadouro. Na rua da Abundância, o edifício do Comisio albergava os actos eleitorais que inspiravam as campanhas de grafitos, que ainda podem ser vistos em muitas paredes nas ruas.

A Oeste, o templo de Apolo impressiona com o seu grande pórtico que albergava uma estátua da maior divindade de Pompeia. 

POMPEIA.A vida petrificada.Fonte numa rua de Pompe

Tarde de gladiadores

O anfiteatro de Pompeia, semelhante ao Coliseu romano, é o mais antigo dos que chegaram aos nossos dias. Manteve-se quase intacto e a entrada ainda se faz pelas masmas galerias empedradas por onde, uma vez, transitou Espártaco antes de entrar na arena. Chegados ao centro, observamos a elipse perfeita formada pelo anfiteatro de 135 metros de comprimento, que podia albergar 20 mil pessoas. 

POMPEIA.A vida petrificada 7.JPG

Era aqui aqui que começava, pela manhã, um espectáculo sangrento, no qual se defrontavam elefantes, rinoceronte, tigres, leões e hipopótamos, enfurecidos à força de tiros de flecha. O anfiteatro ia enchendo lentamente com público vindo de outras cidades e, nos dias de calor ou de chuva, era estendido o velarium, um tecto em tela atado a anilhas, que ainda podem ser vistas no cimo das bancadas.

A tarde pertencia aos gladiadores, recrutados entre os escravos e prisioneiros de guerra para enfrentarem as feras num cenário decorado com árvores e grandes rochas. Cada combate terminava numa orgia de sangue, salpicando as primeiras filas. Durante a celebração da vitória de Trajano sobre os dácios, num só dia, 11 mil animais lutaram até à morte ou foram atravessados por lanças de aço, provocando a extinção dos hipopótamos da Núbia e dos elefantes do Norte de África.

Ao imaginarmos aquelas cenas na arena, parece lógico que, muitas vezes, a violência se estendesse também às bancadas, como no futebol de hoje. Em 59 d.C., uma briga entre os habitantes de Pompeia e os seus vizinhos de Nocera resultou num massacre com numerosos mortos, um incidente que enfureceu o colérico Nero que, no Senado em Roma, decidiu suspender estes espetáculos por dez anos.

Este violento episódio é descrito com grande pormenor numa pintura encontrada na casa de Aczio Aniceto e pode ser vista actualmente no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, onde se encontram os melhores tesouros artísticos de Pompeia.

Não há no mundo outra viagem tão genuína a um passado milenar, tão abrangente dos aspectos quotidianos de uma civilização. Pompeia é, para além disso, o sonho de qualquer arqueólogo, o summum para estes cientistas que, por exemplo na Patagónia, têm de se conformar com o facto de que uma ponta de flecha é quase o maior achado a que podem aspirar.

Em Pompeia, pelo contrário, encontraram uma cidade inteira de pé com os seus habitantes em plena acção. E ainda não acabaram de a investigar. Foi descoberta por Domenico Fontana em 1594. Mas os trabalhos de investigação só começaram em 1748.

 

Um mosaico gigantesco

As muralhas de Pompeia encerram 70 hectares densamente edificados. Decorreram 263 anos desde as primeiras escavações, que voltaram a colocar pedra sobre pedra, quando necessário, ou simplesmente escoraram paredes. Mas os teimosos arqueólogos continuam a desenterrar sinais e a recolher pegadas estranhas. Já reconstruíram quatro quintos da cidade; um mosaico gigantesco onde não falta uma única peça, por pequena que seja. No entanto, a tarefa é tão vasta como o tempo.

A Via de Estabia é uma das ruas da cidade em melhor estado. Aos pés do Vesúvio, o registo arqueológico permaneceu quase intacto e bastou um trabalho paciente para ir desenterrando com escovas e pincéis, centímetro a centímetro, uma cidade completa da época da Cristo.

Assim foram aparecendo as ruas com o seu empedrado, as casas mantendo a cor das paredes e os prodigiosos mosaicos embutidos, sem que lhe falte uma só peça, as fontes e as termas em condições de funcionar, dois anfiteatros com suas bancadas, onde porventura a Antígona poderá ter estado em cena quando era ainda novidade e onde também se apresentou o grupo Pink Floyd, em 1971, e um ginásio com uma grande piscina. Pompeia é, seguramente, um caso irrepetível na História, em que a Natureza quebrou as leis do tempo congelando, num só instante, todo o quotidiano de uma cidade. Haverá outras Pompeias perdidas no coração da Terra? A cidade, entretanto, continua a produzir novos detalhes de como se vivia nos tempos do grande império - uma vida tão comum como a nossa, mas a que os séculos conferem uma importância crescente.

 

Conservada até ao ínfimo pormenor

As tragédias -uma bomba atómica, um "tsunani", um terramoto- destroem por completo as cidades, por vezes até às suas fundações. E o homem destrói o que resta para começar tudo de novo, deixando apenas uma amostra em forma de ruína para servir de memória.
Na verdade, as poucas cidades comprovadamente milenares que ainda existem -Varanasi, Atenas, Jerusalém- têm sido permanentemente destruídas e reconstruídas, não restando muito da sua matriz original. O que continua em uso e está de pé é, na maior parte, medieval. Mas no caso de Pompeia foi tudo ao contrário. Embora a cidade tenha desaparecido do mapa de um dia para o outro, ficou conservada até ao pormenor mais ínfimo.

Mas desenterrar Pompeia foi, ao mesmo tempo, condená-la a desaparecer. A sua mortalha vulcânica já não a protege e num futuro distante, pouco a pouco, os tectos restaurados caírão e as paredes começarão a desfazer-se em pó, por muito cuidado que se tenha. Se não tivesse sido descoberta, Pompeia continuaria a existir -não para os homens- debaixo da terra, ainda secreta. E, porventura, continuaria oculta para além do desaparecimento do homem sobre a Terra.

Mas Pompeia está hoje à vista de todos, muito perto do seu esplendor máximo: os arqueólogos recuperaram-na um pouco e quase se tornou numa cidade viva em majestosa decadência. O contacto com o ar, a chuva, a poluição e o perigo de alguma eventual guerra irão derrubá-la um dia (em 1943, por exemplo, o Fórum e o Teatro Grande foram danificados por bombardeamentos dos Aliados).

Pompeia tem os seus dias contados. Mais tarde ou mais cedo terá de desaparecer. A menos que o Vesúvio desperte e volte a sepultá-la, provando que os deuses do Olimpo a predestinaram à eternidade.

in Courrierinternacional, Junho 2011

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Elisabete às 20:03
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Quarta-feira, 28 de Setembro de 2016

O CÓDIGO SECRETO DA CAPELA SISTINA

Enquanto os Papas rejubilavam com os frescos do tecto, Miguel Ângelo ocultava, na Capela Sistina, críticas à decadência da Igreja. Um legado pouco católico do mestre renascentista, agora recordado a propósito dos quinhentos anos da jóia do Vaticano

Capela Sistina1.jpg

A ideia que Miguel Ângelo tinha de si mesmo como artista não coincidia com os planos que Júlio II tinha para o mestre renascentista. Queria, o Papa que o tecto da Capela Sistina, no Vaticano, se tornasse um gigantesco fresco retratando a criação de Adão e Eva, Noé e o Dilúvio, Deus a formar o Mundo, e outras cenas bíblicas que reforçassem o prestígio da Santa Igreja junto dos fiéis. Miguel Ângelo que se considerava escultor e não pintor, criou a obra-prima que fez o mundo aloelhar de devoção, mas aproveitou para se vingar com elegância: muitos dos conteúdos dos frescos, codificados para iludirem a vigilância do pontífice e pouparem o artista à morte, revelaram ser mensagens esotéricas e críticas veladas à decadência da Igreja. Só isso explica que o Vaticano não festeje com pompa os quinhentos anos desta obra, visitada anualmente por quatro milhões de turistas.

O projecto de construção da Capela Sistina, à imagem do lendário Templo de Salomão, em Jerusalém, descrito pelo profeta Samuel no Livro dos Reis, foi encomendado em 1475 pelo papa Sisto IV, que lhe deu o nome. Porém, só entre 1508 e 1512, sob as ordens de Júlio II (sobrinho de Sisto), é que Miguel Ângelo concebeu as famosas pinturas narrando a história da Criação, num processo crivado de animosidade entre o artista solitário e um Papa impaciente em ver o trabalho concluído. Em pouco tempo, Miguel Ângelo dispensou todos os ajudantes que o serviam, ao perceber que o melhor trabalho de que eram capazes não satisfazia o seu grau de exigência. Devido ao cansaço, retenção de líquidos, pedras nos rins e problemas respiratórios, tanto contorceu o corpo nos andaimes que ganhou reumatismo e escoliose. A vista ficou-lhe turva, das gotas de tinta que caíam do tecto e da minúcia dos pormenores, mas o mestre não desarmava.

"Quando estará pronta a minha capela?" perguntava invariavelmente Júlio II, o Terrível, ameaçando substituir Miguel Ângelo caso não desse conta do recado. "Quando eu puder", era a resposta do artista, a braços com falta de paciência, dificuldades financeiras, problemas de saúde e aquelas quase trezentas figuras descomunais que o consumiam - mas que resultaram tão perfeitas quando as terminou que mais pareciam esculpidas em mármore de Carrara. A sibila Líbia foi uma delas, erguendo na mão a tocha que ilumina o mundo e profetizando sobre Cristo. Ninguém pareceu reparar que ela também se tornou famosa ao prever a chegada do dia "em que todo o oculto será revelado, sugerindo que o autor pintou a sonhar com o tempo em que o seu código seria revelado ao mundo.

Capela Sistina2.jpg

Mais tarde, Miguel Ângelo diria que a boa pintura se aproxima de Deus. "Não é mais do que uma cópia das suas perfeições, uma sombra do seu pincel, a sua música." Já nada podia apagar o código secreto ocultado nas imagens que representam a criação do Universo, sete episódios do Génesis, cinco sibilas(que teriam anunciado a vinda de Cristo), sete profetas, a embriaguez de Noé e façanhas heróicas do povo de Israel, incluindo Judite matando Holofernes, David vencendo Golias e Ester denunciando as perseguições de Amã aos judeus. O Papa rejubilava ao olhar os frescos. Estava longe de imaginar que o artista usara o seu humor rebelde para criticar a decadência da Igreja, passar mensagens esotéricas a quem as soubesse interpretar e declarar a sua admiração pelo povo judeu, o Talmude e a Cabala.

Foi isto mesmo que descobriram, alguns séculos mais tarde, os especialistas em judaísmo Roy Doliner e Benjamin Blech, confirmando no livro Os Segredos da Capela Sistina, As Mensagens Proibidas de Miguel Ângelo no coração do Vaticano (ed. Casa das Letras): "Às vezes, ele usava códigos ou alusões simbólicas que eram parcialmente escondidas, por vezes sinais que só poderiam ser entendidos por certos grupos religiosos, políticos e esotéricos. São mensagens que ecoam, nos dias de hoje, com o seu apelo corajoso para a reconciliação entre a razão e a fé, a Bíblia Hebraica e o Novo Testamento, e entre todos os que se irmanam na busca sincera pela fé verdadeira e no serviço de Deus."

Mas nem só os frescos de Miguel Ângelo guardaram mensagens ocultas durante mais de cinco séculos. Segundo exames complexos realizados recentemente pelo Museu Britânico, recorrendo a tecnologia de ponta, vários esboços de Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Andrea Mantegna e do próprio Miguel Ângelo revelaram que os grandes nomes da Renascença eram recorrentes na arte da ocultação. Uma Virgem Maria de Leonardo deixa antever, por baixo, rascunhos de um gato e um menino Jesus. Um desenho da Viegem com o Menino, da autoria de Mantegna, revela, numa camada inferior, traços de uma mulher rodeada por dois querubins que, entretanto, acabaram apagados pelo artista. Miguel Ângelo modelou a sua Madona de Bruges, uma escultura exemplar da Virgem com o Menino, sobre o desenho de um torso que começou por ser, inegavelmente, masculino.

Capela Sistina3.jpg

"Através destes desenhos é possível ligarmo-nos àqueles momentos criativos, como se espreitássemos por cima do ombro dos artistas", disse Hugo Chapman, curador dos esboços italianos no Museu Britânico, em declarações à Imprensa. "Teríamos de ter estado com eles no estúdio para ver aqueles desenhos em particular. Isto é como uma máquina do tempo.", congratula-se o perito, deslumbrado com o modo como os traços profundos desvendam o ensaio das poses, da anatomia e do movimentos finais das grandes obras. No caso da Capela Sistina, a subversão de Miguel Ângelo está lá para quem quiser vê-la. Nunca a expressão "O essencial é invisível aos olhos" teve tanto significado.


 

Texto: Ana Pago

Fotografias: CORBIS
Notícias Magazine

 

 

publicado por Elisabete às 18:14
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