Sábado, 26 de Maio de 2007

ANTES QUE DESAPAREÇAM

 

 Esta fotografia foi tirada no Crato (Alentejo), no dia 1 de Janeiro de 2007, com um objectivo muito concreto: poder mostrar ao meu neto, Diogo, os beirais com ninhos de andorinha. Porque, amarguradamente, temia a possibilidade dele crescer e morrer sem ter conhecimento destas coisas simples, que fizeram a alegria da minha infância. O Diogo é um miúdo, de 6 anos, muito curioso de tudo o que se relaciona com animais. É a minha forma de contribuir para que se mantenha atento à Natureza e que lute, o que for preciso, para salvar este planeta que o homem teima em destruir.

<><><><><><><><><>

Poema breve para as andorinhas da minha infância
 
 
Leva-me contigo, andorinha dos dias distantes
Partamos para terras diferentes
Onde o sol brilha.
 
Dá-me o teu voar, prenúncio de horas felizes
Não quero poiso permanente
Chega um abrigo.
 
Ensina-me tudo, alegria dos alvos beirais
Do teu efémero ninho quente
Casa de breve carinho.
 
Partamos agora, andorinha do tempo antigo
Alcança o beiral da minha alma

E leva-me contigo.

 

(Texto escrito para as Noites de Poesia em Vermoim, que uso abusivamente por não saber quem é a autora) 

 
publicado por Elisabete às 16:23
link do post | comentar | favorito
1 comentário:
De daplanicie a 26 de Junho de 2007 às 14:08
Terra linda essa onde a foto foi tirada. Ainda mantém o "coração alentejano".

Comentar post

*mais sobre mim

*links

*posts recentes

* Joaquim Alberto

* ANTERO – ONTEM, HOJE E AM...

* QUINTA DE BONJÓIA [PORTO]

* POMPEIA: A vida petrifica...

* JOSÉ CARDOSO PIRES: UM ES...

* PELA VIA FRANCÍGENA, NO T...

* CHILE: O mundo dos índios...

* NUNCA MAIS LHE CHAMEM DRÁ...

* ARTUR SEMEDO: Actor, galã...

* COMO SE PÔDE DERRUBAR O I...

* DÉCIMO MANDAMENTO

* CRISE TRAZ CUNHALISMO DE ...

* O CÓDIGO SECRETO DA CAPEL...

* O VOO MELANCÓLICO DO MELR...

* Explicação do "Impeachmen...

* CAMILLE CLAUDEL

* OS PALACETES TORNAM-SE ÚT...

* Tudo o que queria era um ...

* 1974 - DIVÓRCIO JÁ! Exigi...

* Continuará a Terra a gira...

* SETEMBRO

* SEM CORAÇÃO

* A ESPIRAL REPRESSIVA

* 1967 FÉ DE PEDRA

* NUNCA MAIS CAIU

* Alfama é Linda

* Por entre os pingos da ch...

* DO OUTRO LADO DA ESTRADA

* Não há vacina para a memó...

* Um pobre e precioso segre...

*arquivos

* Dezembro 2018

* Junho 2018

* Maio 2017

* Abril 2017

* Março 2017

* Fevereiro 2017

* Janeiro 2017

* Setembro 2016

* Junho 2016

* Abril 2016

* Novembro 2015

* Setembro 2015

* Agosto 2015

* Julho 2015

* Junho 2015

* Maio 2015

* Março 2015

* Fevereiro 2015

* Janeiro 2015

* Dezembro 2014

* Fevereiro 2014

* Janeiro 2014

* Dezembro 2013

* Novembro 2013

* Setembro 2013

* Agosto 2013

* Julho 2013

* Junho 2013

* Maio 2013

* Abril 2013

* Março 2013

* Fevereiro 2013

* Janeiro 2013

* Dezembro 2012

* Novembro 2012

* Outubro 2012

* Setembro 2012

* Agosto 2012

* Julho 2012

* Maio 2012

* Abril 2012

* Março 2012

* Janeiro 2012

* Dezembro 2011

* Novembro 2011

* Outubro 2011

* Setembro 2011

* Julho 2011

* Maio 2011

* Abril 2011

* Março 2011

* Fevereiro 2011

* Janeiro 2011

* Dezembro 2010

* Novembro 2010

* Outubro 2010

* Agosto 2010

* Julho 2010

* Junho 2010

* Maio 2010

* Abril 2010

* Março 2010

* Fevereiro 2010

* Janeiro 2010

* Dezembro 2009

* Novembro 2009

* Outubro 2009

* Setembro 2009

* Julho 2009

* Junho 2009

* Maio 2009

* Abril 2009

* Março 2009

* Fevereiro 2009

* Janeiro 2009

* Dezembro 2008

* Novembro 2008

* Outubro 2008

* Setembro 2008

* Agosto 2008

* Julho 2008

* Junho 2008

* Maio 2008

* Abril 2008

* Março 2008

* Fevereiro 2008

* Janeiro 2008

* Dezembro 2007

* Novembro 2007

* Outubro 2007

* Setembro 2007

* Agosto 2007

* Julho 2007

* Junho 2007

* Maio 2007

* Abril 2007

* Março 2007

* Fevereiro 2007

*pesquisar