Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2008

2009

 

 
 
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publicado por Elisabete às 17:47
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Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2008

OS SEM FUTURO

1. O homem não é peça de máquina. É muitíssimo mais do que isso. Não gira, ao sabor de caprichos de capatazes. O homem, em suma, é um homem! Com inteligência, sensibilidade e afectividade próprias. Não é feito de betão ou ferro forjado. Sonha, deseja, ambiciona. Tem uma alminha dentro. Quer dizer: o homem é humano. Não o atraem as Artes e a Filosofia, o estudo da lição clássica (grega, latina), por mero movimento de evasão –assim ao modo dos que se encharcam de imbecilidades telenovelísticas ou vivem (sofrem) as aventuras das estrelas do jet set. O homem não é um produto nem se destina a assegurar -novo escravo- rendimentos alheios. Em Cambridge, um estudante de economia pode estudar filosofia. Em França, os ministérios da cultura e do ensino superior criaram uma bolsa de 100 000 euros, destinada a premiar trabalhos sobre ciências humanas e sociais. Obama promove a ecologia. Para que se saiba, uma vez que, entre nós, tosquiaram a Cultura e as humanidades –indecentemente.

 
2. Atentemos na Grécia e na impaciência da juventude grega. Não se trata de excesso juvenil ou de imitação de Maio de 68; trata-se de revolta contra a desumanidade. Maio de 68 era teoria, pressentimento; Dezembro de 2009 é experiência sofrida. Manifestam-se os condenados ao desemprego e ao não-futuro. Não suportam uma sociedade e um sistema corruptos –rejeitam a imoralidade do neoliberalismo. O fenómeno, mais tarde ou mais cedo, vai alargar-se. Em 2009? Os jovens perceberam que a competitividade imposta é isca envenenada: ensina canibalismo. Na vida, o único critério justo é descobrirmos a nossa vocação e realizá-la, livremente, em diálogo criador, com os mais.
 
Manuel Poppe, O Outro Lado
Jornal de Notícias [28Dez2008]
publicado por Elisabete às 22:06
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Assim se fecham corações

Como podia eu, com um coração tão vasto que, como canta Jacques Brel, só se consegue ver metade dele, deixar de acreditar no que me garantia há meses, olhos nos olhos, o primeiro-ministro, que "ninguém que esteja com o coração limpo, com o coração aberto, pode concluir que esta proposta do Governo de Código do Trabalho não se destina a combater a precariedade e a defender os trabalhadores"?

Foi, por isso, um tremendo choque para o meu pobre, "limpo" e "aberto" coração ficar a saber pelo Tribunal Constitucional que o alargamento de 90 para 180 dias do período experimental afinal "dificulta o acesso […] à segurança no emprego". A agitação que vai no meu coração, com aurículas e ventrículos recriminando-se mutuamente e a tricúspide mergulhada em profunda crise de confiança nas instituições! De tal modo que, quando quis convencer o coração de que, como o primeiro-ministro garante agora, "a avaliação dos professores é indispensável para a melhoria do sistema educativo em Portugal nos próximos anos", o coração, outrora crédulo, me fez - imagine-se! - um manguito. Ou talvez não tenha sido a mim.
 
Manuel António Pina, Por Outras Palavras
Jornal de Notícias [29Dez2008]
publicado por Elisabete às 22:00
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Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2008

Boas Festas!

publicado por Elisabete às 19:52
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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2008

Coincidências? Talvez não...

A Brigada do Reumático e o Grupelho dos 13

A 14 Março de 1974, quando o Estado Novo se encontrava no estertor da agonia, um grupo de oficiais-generais dos três ramos das Forças Armadas realizou uma cerimónia de solidariedade com o regime, na sequência da qual Marcelo Caetano, em agradecimento, afirmou: «O país está seguro de que conta com as suas Forças Armadas e em todos os escalões destas não poderão restar dúvidas acerca da atitude dos seus comandos». Os apoiantes do Presidente do Conselho ficaram sugestivamente conhecidos como a «Brigada do Reumático».

Pouco mais de um mês depois dava-se o 25 de Abril. A acção da «Brigada do Reumático», ao contrário do que afirmara Marcelo Caetano, prenunciava, afinal, a queda do regime.

No passado dia 12 de Dezembro, um grupo de professores próximos ou filiados no PS (tanto quanto consta porque até ao momento ocultaram a sua identidade), foi mostrar solidariedade à Ministra da Educação, a quem apresentou um “Manifesto pela Avaliação de Desempenho Docente“.

Este caricato evento, longe de se afigurar como um mero facto isolado, inscreve-se numa estratégia mais vasta, visando construir uma imagem artificial de divisão dos professores e de unidade do partido governamental em torno da política educativa, onde se inclui a recepção de professores militantes do PS no Largo do Rato, o encontro da ministra com a JS e a mobilização geral dos opinadores socratinos para doutrinarem as massas nos jornais, rádios e televisões.

Se o objectivo do Manifesto é forjar uma ideia de força, a encenação do Grupelho dos 13, à semelhança da iniciativa da Brigada do Reumático, antolha-se-nos, ao invés, como uma clamorosa demonstração de fraqueza, um prenúncio dos dias do fim de um poder autocrático e incompetente, alicerçado nas frágeis bases da demagogia e da mentira, que - usando as sábias palavras de Manuel Alegre - transformou a democracia num teleguiado regime da imagem, da sondagem e da sacanagem… 

 

Mário Rodrigues,
in A Educação do meu Umbigo
http://educar.wordpress.com/
 
 
publicado por Elisabete às 15:38
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Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

O Rei Cifrão

Mosteiro de Alcobaça: a próxima pousada? 

 

Vendilhões do Templo
 
Com os encargos de todas as obras públicas anunciadas, boa parte do nosso futuro está hipotecada; pelo presente já ninguém dá nada; resta o passado. Não se estranhará, pois, que o Governo prepare um novo regime para o património histórico e cultural que abre portas à venda mais ou menos indiscriminada de monumentos históricos. "O mote é alienar", denunciam, alarmadas, as associações de defesa do património.
 
Se a coisa, congeminada no Ministério das Finanças, for avante, depois do Forte de Peniche transformado em pousada, veremos um dia destes uma loja Ikea na Torre de Belém e um hotel de charme no Mosteiro de Alcobaça (e porque não no da Batalha?); Rui Rio poderá, finalmente, vender a Torre dos Clérigos em "time-sharing"; e António Costa, em Lisboa, fazer dos Jerónimos um centro comercial. Governados por mercadores sem memória e sem outra cultura que não a do dinheiro, faltava-nos ver a nossa própria História à venda. Em breve, nem Cristo (quanto mais nós) terá poderes para expulsar os vendilhões do Templo porque eles já terão comprado o Templo e já lhe terão dado ordem de expulsão a Ele.
 
Manuel António Pina, Por Outras Palavras
Jornal de Notícias [17.Dez.2008]
 
 
 

 

publicado por Elisabete às 13:38
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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

Uma flor para cada Professor em luta

 

 Colegas,

Porque a vossa luta é...

 

 pela dignidade da função docente;

 contra a burocracia;

 pelo direito dos alunos a um ensino de qualidade;

 pela Educação;

pelo futuro de Portugal.

 

 

Sinto-me orgulhosa da vossa coragem.

 

Os tecnocratas podem ser vencidos pelos valores da cultura e do humanismo. 

Não podemos dar guarida ao desânimo.

 

Esta luta é para ganhar!!!

 

publicado por Elisabete às 08:25
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Sábado, 13 de Dezembro de 2008

Para que se entenda a luta dos Professores

 

Eles têm interesses, nós temos uma causa
 
A escola deles destina-se (Maria de Lurdes Rodrigues dixit) a "qualificar". A escola deles serve para que os jovens das classes baixa e média baixa adquiram as competências instrumentais que o mercado requer para o País ser "competitivo". Na escola deles, as Ciências, as Artes, as Letras, a Filosofia são luxos para quem os possa pagar. A escola deles é tecno-burocrática, está ao serviço da oligarquia e é, no sentido mais literal do termo, profundamente reaccionária.

A nossa escola destina-se a ensinar e a aprender. A nossa escola é civilizadora. Na nossa escola, todos, mas mesmo todos, têm de ter acesso ao melhor que a nossa civilização tem para dar. Pode ser que a maioria não queira chegar lá - mas todos têm que ter essa possibilidade. Na nossa escola, as Ciências, as Artes, as Letras, a Filosofia são um património irrenunciável de todos. A nossa escola está ao serviço da República. A nossa escola permite a formação de elites, mas, ao contrário da deles, não aprisiona as pessoas em castas.

Contra as OCDE's, contra os Sócrates, contra as Marias de Lurdes Rodrigues, contra as burocracias ministeriais, a nossa escola é um ideal pelo qual vale a pena lutar: com sacrifício, com esforço, com perseverança, com inteligência e com coragem. Durante décadas, se for preciso. Recorrendo até à desobediência civil, porque mesmo a legitimidade conferida pelo voto fica invalidada quando a governação se faz, conscientemente e como é actualmente o caso, em detrimento da República.

Muito antes de ser uma organização do Estado, já a Escola era uma instituição da Sociedade. Defendê-la-emos por todos os meios ao nosso alcance, se necessário contra o próprio Estado. E se os inimigos da Escola Pública e Republicana jogarem sujo, também nós seremos capazes de o fazer.
 
José Luiz Sarmento 
in http://legoergosum.blogspot.com/
publicado por Elisabete às 16:55
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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

Utilidade do Humor

Ontem à noite pus-me a reflectir
Nas coisas da vida em vez de dormir
Tive um quebranto fiquei surdo e mudo
Tolhido de espanto mas percebi tudo
O mundo era meu sentia-me um rei
O tempo era extenso e eu ditava a lei
Bastou dar um passo e crescer em frente
Perdi toda a graça quase de repente

Não fosse um sentido de humor apurado
Que me faz viver um sonho acordado
Não via tão claro o sentido da vida
E tudo seria bem mais complicado

Eu era feliz tinha os meus brinquedos
O anjo da guarda tirava-me os medos
Descobri o amor e vi nele o paraíso
Mas para ser expulso às vezes pouco é preciso
Podia ter tudo do bom e do caro
Que nada acudia ao meu desamparo
Sou a alma do mundo mais bem informada
Quanto mais me informo mais sei que sei nada

Não fosse um sentido de humor apurado
Que me faz viver a sonhar acordado
Não via tão claro o significado

 

Letra: Carlos Tê 

Música: Hélder Gonçalves
in "Cintura",
Clã

 

publicado por Elisabete às 22:08
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Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008

Cavaleiro da Triste Figura ou Míope?

publicado por Elisabete às 17:58
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Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2008

Quando se perde a vergonha...

 

Resposta inteligente do Paulo Guinote a José Sócrates:

 

 

Verdadeiro Menino Guerreiro
 
Assim se descobre a fibra de um governante, a sua coragem, o seu poder de choque. Com uma maioria absoluta José Sócrates não precisa de comprar a paz com os professores.
Antes de mais, a sempre criteriosa escolha de palavras do senhor engenheiro que, tal como os seus satélites de ocasião, se expressa sempre nos termos que conhece mais de perto e que acredita serem os dos outros.
Os professores não precisam de ser comprados, precisam sim de ser respeitados. Não percebendo isso, José Sócrates não percebe nada, desde a base. Eu teria vergonha em ser comprado por alguém, mas muito em especial pelo Governo do senhor doutor engenheiro José Sócrates.  Ou melhor, até talvez perceba, embora certamente o espante, que muito poucos professores aceitam ser avaliados, desde que não seja por grelha ou fax. E que compras de avaliações, as há e houve, de variados preços, mas não é isso que queremos.
Queremos sim uma avaliação justa em que todos possam ter a classificação que merecem e não o que uma curva de interesses orçamentais dita, para existir folga para cobrir a incompetências ou desonestidades do sistema bancário privado, do BCP ao BPP, passando pelo BPN, todos eles retiros maravilhosos para boa parte da nata (banha?) política que nos governou nestes últimos 20-25 anos. Já sei, o aval do Estado não sai directamente do Orçamento, só se for preciso, mas todos sabemos o que significa isto e não é o que o senhor primeiro afirmou - um tiro certeiro para debelar a crise.
Para além disso José Sócrates equipara uma possível paz social com os professores à comprada pelo seu antigo líder António Guterres, com a eliminação dos exames do 8º ano de escolaridade (?!), assim demonstrando toda a sua incapacidade radical para compreender que o que está em jogo é muito diferente. Para além de demonstrar como terá exercido o seu cargo no período guterrista, cheio de reservas mentais quanto ao que se passava na governação de então, José Sócrates tenta fazer equivaler o que não tem equivalência, porque a situação vivida então com os exames não teve - nem de perto, nem de longe - a gravidade do conflito actual.
Por fim, e talvez um dos erros estratégicos mais graves e que tem nublado a sua já escassa capacidade de percepção destas matérias, José Sócrates parece achar que concentrando as críticas em Mário Nogueira, referindo-se-lhe de forma irónica e fazendo com que na comunicação social a imagem do dito sindicalista seja sistematicamente atacada, consegue alguns resultados na desmobilização dos professores.
O que José Sócrates não compreende é que os docentes estão insatisfeitos e irritados de uma forma profunda, sendo meramente instrumental quem está à frente das negociações ou da Plataforma, desde que faça o seu papel. É Mário Nogueira? Poderia ser a Madre Teresa de Calcutá que para 80% dos docentes tanto faria. A sério. E é isso que algum PS enredado em fantasmas não compreende, evocando traumas passados e acenando como o «poder na rua» e um «clima de PREC».
A raiva incontida na generalidade dos docentes torna irrelevante quem está a representá-los, desde que os represente bem. A raiva incontida dos docentes dirige-se contra políticas erradas e os pequenos protagonistas que as desenvolvem, a quem não reconhecemos o mérito ou a competência para nos darem lições de ética profissional ou moral política, muito menos em matérias de avaliação.
E talvez seja aí que esteja a razão da evidente animosidade que José Sócrates dirige aos professores. Ele sabe o que nós sabemos. Ele sabe o que nós pensamos. Ele sabe como o encaramos. E não nos perdoa isso. E este braço de ferro - tal como com Maria de Lurdes Rodrigues - já ultrapassou a dimensão política há muito.
Trata-se, neste momento, de um mero desforço pessoal, usando para isso o aparato do Estado. José Sócrates gosta de banqueiros, de empresários, do homo tecnologicus, mas arrepanha-se-lhe tudo se lhe falarem de um professor, daqueles normais, pessoa com qualificação superior que dedicou a sua vida profissional a transmitir conhecimentos aos mais jovens, de formas mais ou menos convencionais, que tem brio no seu trabalho, que quer que os seus alunos se esforcem, que gosta de ver esse trabalho retribuído com os resultados desses mesmos alunos,  mas sem truques estatísticos, que não recebe trabalhos por fax tecnológico em papel timbrado. Um modelo de professor que parecerá anacrónico. Detestável mesmo. Que urge extinguir. Castigar. Eliminar. Trocando-o por um mero generalista, com formação bolonhesa, proletarizado, sem autonomia crítica. Dependente dos mails da DGRHE para saber que fazer. Cordato. Manso. Temeroso. Orgulhoso do seu 6º Armani, para usar os termos de um comentador aqui do Umbigo. Incapaz de ver para além das aparências.
Esse é professor ideal para qualquer regime que queira impor-se sem resistências, usando para isso o sistema de ensino.
José Sócrates não precisa de comprar a paz social, escorado na sua maioria absoluta de deputados cordatos, não da Nação, mas do Partido, à boa e velha moda estalinista. José Sócrates apenas precisa de comprar a paz com os banqueiros. A bem do futuro profissional de alguns dos seus ministros e de uma campanha eleitoral desafogada.
E tenta que os outros confundam isso com coragem, quando apenas se limita a ser forte com os fracos e fraco com os fortes.
O resto é aquilo que tecnicamente se designa, em Sociologia Avançada, por treta.

 

in A Educação do meu Umbigo

http://educar.wordpress.com

 

publicado por Elisabete às 14:33
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Terça-feira, 9 de Dezembro de 2008

RESISTÊNCIA E UNIÃO

COMUNICADO DO MOVIMENTO PROmova
(06-12-2008)

AOS EDUCADORES E PROFESSORES,
AOS MOVIMENTOS E SINDICATOS REPRESENTATIVOS DOS PROFESSORES,
À COMUNICAÇÃO SOCIAL,
ÀS ENTIDADES PÚBLICAS,
AO PAÍS

Neste momento crucial em que tudo se pode decidir e em que a união de toda uma classe é factor fundamental para se conseguir alcançar tudo aquilo por que nos temos batido, o Movimento PROmova, confrontado com a decisão da Plataforma Sindical em suspender as acções de contestação agendadas para a próxima semana e para o final deste primeiro período lectivo, reafirma o seu indeclinável compromisso com as razões que sustentam, quer a sua exigência de substituição deste modelo de avaliação, quer a concomitante reivindicação de renegociação do Estatuto da Carreira Docente e, especificamente, de revogação da legislação que instituiu a divisão da carreira entre "titulares" e "professores", num inqualificável exercício de leviandade e injustiça protagonizado por esta equipa ministerial.
Por conseguinte, o Movimento PROmova, conhecedor da má-fé negocial e da desonestidade política desta equipa ministerial (veja-se o inacreditável comunicado emitido pelo ME na noite de 5 de Dezembro, após a assunção do compromisso negocial), que não augura nada de bom, manter-se-á vigilante ao processo negocial e não pactuará com qualquer versão do tipo “Memorando de Entendimento II” que viabilize um modelo de avaliação complexo, burocrático, opressivo, assente num único professor avaliador não proposto e/ou reconhecido pelos colegas e, sobretudo, montado sobre a divisão aleatória da carreira e a existência de quotas irracionais.
Se o Ministério da Educação persistir no caminho da prepotência e da manutenção de políticas educativas absurdas e injustas, ou se a Plataforma Sindical vacilar na defesa dos princípios que tem vindo a defender e a que nós nos temos associado, o Movimento PROmova (certamente, também os demais movimentos) e os professores saberão reagir em conformidade.
O Movimento PROmova quer acreditar que, desta vez, os princípios e a seriedade vão prevalecer e que toda esta abertura corresponde a uma assunção efectiva de um diálogo profícuo e não mais a uma manobra de um marketing intencional destinado a tentar adiar para tudo ficar na mesma.
A confirmar-se a existência de um compromisso sério de ambas as partes para uma abertura negocial, então, ao contrário do que, cinicamente, o ME continua a reafirmar, não faz sentido participar em qualquer acto relacionado com a implementação deste modelo de avaliação.
Neste sentido, o Movimento PROmova apela a que todas as escolas ignorem as determinações do Ministério da Educação que visam forçar a implementação de um modelo desacreditado, pois, além das razões e da ética que assistem aos professores para rejeitar este modelo de avaliação, acresce o argumento de estarem a envolver-se numa ocupação inútil e improfícua, que, de um momento para o outro, terá como destino o baú das recordações tenebrosas.
Os professores podem ter a certeza da nossa resistência até que a razoabilidade, a justiça e a decência sejam a pedra de toque das políticas educativas do Governo.
Contem connosco!


PROmova,
PROFESSORES - Movimento de Valorização

publicado por Elisabete às 23:37
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Segunda-feira, 8 de Dezembro de 2008

O objectivo final

 

Escola Pública ou Escola Republicana?
 
Foi com enorme satisfação que vi, nas manifestações e nas greves dos professores, a profusão de cartazes reivindicando a defesa da Escola Pública. E foi com igual satisfação que vi alguns analistas políticos mais perspicazes começarem a aperceber-se que o conflito entre os professores e o Ministério é cada vez menos de ordem laboral e cada vez mais de ordem política.

Nos próximos meses assistiremos a negociações entre o Ministério e os Sindicatos. O que vai estar em cima da mesa vai ser o Estatuto da Carreira Docente, o Modelo de Avaliação e mais um ou outro afloramento do iceberg que calhe estar na ordem do dia. Sobre estes assuntos, cada uma das partes fará muitas cedências, poucas cedências ou nenhumas cedências conforme o poder negocial que tenha na altura. Nada disto é importante.

O que não estará em cima da mesa é a parte submersa do iceberg. E os professores sabem disso. E porque os professores sabem disso, tanto o Ministério, como os sindicatos estão em pânico. Sentados à volta da mesa, não se ouvirão uns aos outros: terão os ouvidos apurados só para os primeiros sinais de que o Comendador de Pedra se prepara para entrar na sala.

Os gatos saíram do saco e ninguém os vai conseguir meter lá outra vez. Os professores portugueses politizaram-se e ninguém os vai despolitizar. Perceberam que estão frente a frente duas concepções de escolas incompatíveis nos seus pressupostos, na sua concepção do humano e acima de tudo nos interesses que servem. De um lado, aquilo que apareceu referido nos cartazes como a Escola Pública e a que os nossos colegas franceses chamam, talvez com mais propriedade, a Escola Republicana, que se define pelo acesso de todos ao melhor que a nossa civilização oferece. Do outro lado, o inimigo: a escola tecno-burocrata, para a qual não há «civilizações», mas sim «economias», e cujo projecto consiste em ensinar uma pequena elite económica, ficando reservado a todos os outros aquilo a que Maria de Lurdes Rodrigues chama «qualificação».

A luta entre os professores o Ministério da Educação é um conflito de culturas e civilizações. Se permitirmos que o Ministério vença, os nossos netos serão selvagens.
 
in As Minhas Leituras
http://legoergosum.blogspot.com/
 
publicado por Elisabete às 16:11
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ANTÓNIO ALÇADA BAPTISTA

 

Covilhã, 29 de Janeiro de 1927
Lisboa, 7 de Dezembro de 2008

 

 

 

Quando penso na minha vida e nas circunstâncias atribuladas do tempo que me foi dado viver, pressinto o que será a incomodidade do bêbedo no dia seguinte ao da sua bebedeira, porque nos encharcámos de razão e esperança terrena e tudo ficou aquém de todas as promessas: tudo mais pequenino e mais cruel. Pior: é uma sensação de ressaca de bêbedo com uma certa forma de orfandade: um desamparo perante a perda da herança prometida no texto fundador que fixou o projecto da nossa condição, como se, ao decretar a morte de Deus, ele tivesse, levado consigo todos os seus bens. É isso que me leva a olhar para tudo o que vivi como se fosse um ensaio falhado duma harmonia possível.
Tudo me leva a crer que as marcações que nos deram para o desempenho da vida passam ao lado do caminho por onde os nossos afectos poderiam fluir conforme o que está inscrito no mapa oculto do ser humano. Pressinto que continuamos fora do essencial […] – que, muitas vezes, até parece que a simplicidade emana do andamento da vida e que bastaria um pequeno gesto de espírito para passarmos para o lado de lá de tantas incomodidades que nos fazem viver como se tivéssemos calçado dois números abaixo da forma da alma.
 
António Alçada Baptista, O Riso de Deus

 

 

publicado por Elisabete às 11:55
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Domingo, 7 de Dezembro de 2008

RESISTIR!!!

PROPOSTA DA APEDE E DO MUP
PARA O ENCONTRO NACIONAL DE ESCOLAS EM LUTA
6 DE DEZEMBRO DE 2008


Considerando o momento actual da luta dos professores e a necessidade de assegurar a sua continuidade e a sua coerência;

Considerando que essa luta é hoje a melhor defesa da escola pública enquanto garante de um ensino de qualidade, capaz de conciliar a inclusão social com o rigor e a exigência na transmissão dos saberes;

Considerando que o combate travado pelos professores deste país está a ser um caso exemplar de intervenção cívica, não apenas em nome de um sistema educativo à altura das expectativas de quem nele investe o seu esforço, mas também em nome de uma democracia participativa capaz de resistir a todas as tentações autoritárias ou despóticas, mesmo que escudadas em maiorias absolutas (sempre provisórias e conjunturais);

Considerando, por fim, que a luta desenvolvida pela classe docente tem sido um reflexo directo da vontade espontânea e auto-organizada dos professores nas escolas, à margem ou independentemente de qualquer organização e orientação de cariz partidário ou sindical;

A APEDE e o MUP, enquanto movimentos promotores deste primeiro Encontro Nacional de Escolas em Luta, vêm apresentar aos participantes do referido Encontro a seguinte proposta:

• Reforçar/manter a recusa da entrega dos objectivos individuais e de outros procedimentos conducentes à concretização do actual modelo de avaliação, quer no seio da instituição escolar, quer através da aplicação informática recentemente congeminada pelo Ministério; comprometer os Conselhos Executivos e os Conselhos Pedagógicos na suspensão da avaliação; resistir a todas as formas de pressão, de ameaça ou de chantagem oriundas do Ministério da Educação ou de órgãos executivos que aceitem converter-se em correias de transmissão dos ditames ministeriais.

• Aproveitar a greve do próximo dia 19 de Janeiro, convocada pela Plataforma Sindical, para realizar nesse dia uma grande concentração/manifestação nacional em Belém, diante do Palácio do Presidente da República, com o objectivo de ampliar, perante o órgão máximo de soberania, o significado político profundo da luta dos professores, mostrando que esse combate é uma causa de toda a sociedade civil portuguesa.

• Apoiar as direcções sindicais na defesa intransigente do caderno reivindicativo que mobilizou os professores nas três grandes manifestações de 8 de Março, de 8 e de 15 de Novembro e da greve nacional do dia 3 de Dezembro.

• Exigir que qualquer acordo assinado entre a Plataforma Sindical e o Ministério da Educação seja objecto de um referendo dirigido à classe docente.

• Exigir à Plataforma Sindical a auscultação dos professores, com reuniões sindicais nas escolas, sempre que os sindicatos pretendam definir formas de luta e para que sejam explicitados os objectivos a atingir que poderão levar à suspensão dessas mesmas formas.

• Exigir, com carácter de urgência, o esclarecimento por parte da Plataforma Sindical sobre as afirmações contraditórias proferidas pela Plataforma e pelo Ministério da Educação no final do dia 5 de Dezembro, na sequência do anúncio da suspensão das greves regionais.

• Criar uma Comissão Coordenadora das Escolas em Luta, da qual deverão fazer parte professores que se destaquem pelas dinâmicas que têm conseguido introduzir nas suas escolas ou nas regiões em que essas escolas estão implantadas. Este órgão será instrumental na articulação, a nível nacional, das diferentes escolas. Por isso, os seus membros deverão ser oriundos de diversas zonas, de norte a sul do país. Essa coordenadora deverá poder reunir com alguma periodicidade ou, pelo menos, proporcionar aos seus membros condições que facilitem um contacto em rede de forma ágil e funcional.

• Criar Comissões Coordenadoras locais, na base de territórios educativos de proximidade, dinamizadas pelos núcleos duros das Escolas em Luta, com a finalidade de articular a luta reivindicativa a nível horizontal.

• Criar um fundo nacional sustentado pelos professores das escolas em luta, no intuito de financiar a contratação de advogados que forneçam um apoio jurídico permanente, com vista, nomeadamente, à impugnação do primeiro concurso de professores titulares em tribunais portugueses e/ou europeus. Para esse fundo contribuiriam os professores mediante uma subscrição nacional, ficando a Comissão Coordenadora encarregue de gerir o dinheiro.

• Utilizar o referido fundo nacional para pagar anúncios de página inteira, em jornais de grande circulação, destinados a denunciar as políticas educativas do governo.

• Solicitar, da parte da Comissão Coordenadora das Escolas em Luta eleita, uma reunião urgente com a Plataforma Sindical para concertar posições e estratégias.

• Lançar uma campanha nacional para a demissão de toda a equipa ministerial, tendo em conta que, se é verdade que são as políticas, e não as pessoas, o nosso alvo essencial, não deixa de ser igualmente verdade que tais políticas têm as suas encarnações respectivas em pessoas bem concretas e que a referida equipa perdeu há muito qualquer legitimidade para se manter em funções, não podendo os professores aceitar a táctica que o Governo segue actualmente e que consiste em resguardar a Ministra de um maior escrutínio público a fim de a sustentar no seu cargo.

• Utilizar todas as lutas que vierem a ser travadas dentro das escolas contra o modelo de avaliação como um meio de combater o Estatuto da Carreira Docente enquanto matriz legislativa destinada a fragmentar a classe docente e a torná-la um instrumento dócil ao serviço de uma política demagógica de esvaziamento da escola pública e de degradação de um ensino de qualidade e de exigência.

• Construir, em cada escola, pontes de diálogo com os encarregados de educação, através de todos os meios imaginativos que estejam ao nosso alcance.

• Intervir, a nível local, utilizando as sessões públicas das Assembleias Municipais para aí denunciar os aspectos mais gravosos das políticas educativas do Governo.

• Enviar uma carta-tipo que possa ser assinada por qualquer pessoa, professor e não só, sendo que todos os signatários se encarregarão de a enviar aos principais órgãos de soberania, aos órgãos de comunicação com maior projecção e, claro está, ao Ministério da Educação. O objectivo desta iniciativa, muito mais eficaz do que as petições on-line, é que milhares de cartas, assinadas por diferentes pessoas, “inundem” os respectivos destinatários e chamem a atenção para a nossa causa.

• Considerar imprescindíveis os contributos de todos os professores na reflexão e na formulação de propostas que ajudem a criar os maiores consensos em torno da avaliação de desempenho do pessoal docente, da gestão democrática e do Estatuto da Carreira Docente.

• Realizar um novo Encontro Nacional de Escolas em Luta em Janeiro de 2009, o qual deverá ser alargado a toda a comunidade escolar, incluindo os auxiliares de acção educativo e os estudantes, em defesa da escola pública.

Leiria, 6 de Dezembro de 2008

publicado por Elisabete às 22:45
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Por que não ficou a "colar envelopes" toda a vida?

 

Não brinquem (mais) com os professores
 
Depois da greve história de ontem, a Ministra foi ao Parlamento dizer que está disponível para mudar o sistema de avaliação para o ano.
- Desculpe! V.ª Ex.ª disse "para o ano"?
Talvez valha a pena recordar que para o ano vai haver eleições e certamente mudanças nos ministérios.
A isto chama-se gozar com o parceiro, neste caso com todos os professores. Devia ser a isto que o "professor do ano 2007", galardoado com pompa e circunstância pela Ministra, ontem se referia na TSF como "coisas que lhe davam repugnância”.
Haja decoro e sentido de Estado, que é coisa que a equipa do ME há muito perdeu. A revisão do estatuto e da famigerada avaliação eram para ontem, nunca "para o ano”.
Como já se viu, a coisa vai mesmo ter de se extremar ainda mais e como na evolução das espécies resistem as que se adaptam, as outras extinguem-se, esta equipa do ME só pode mesmo ser uma espécie em vias de extinção, porque não é crível que sejam os professores a desaparecer.
 
in http://www.campolavrado.blogspot.com/
 
 
 
publicado por Elisabete às 11:46
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Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008

Pela Educação, por Portugal!

Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008

ENCONTRO NACIONAL DE ESCOLAS EM LUTA: LOCALIZAÇÃO

 

Vai decorrer, no próximo sábado, dia 6 de Dezembro, em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva, entre as 10:00h e as 17:00h, o ENCONTRO NACIONAL DE ESCOLAS EM LUTA .

Através desse encontro, organizado conjuntamente pelo MUP e pela APEDE, onde estarão presentes
algumas escolas (de Norte a Sul do País) e alguns movimentos de professores que se associaram a esta iniciativa, pretende-se delinear, para os tempos difíceis que se avizinham, as estratégias de resistência dentro das escolas e de formas de luta eficazes para o reforço do poder reivindicativo dos professores:


. pela suspensão do actual modelo de avaliação;
. pela revogação do Estatuto da Carreira Docente;
. por uma escola inclusiva e de qualidade.


As inscrições encontram-se abertas até ao final de sexta-feira, dia 5 (consultar
aqui).

 

publicado por Elisabete às 12:08
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Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008

Os Professores vão continuar...

os Professores não vão parar...

 

 

 

VIGÍLIA

 

Junto ao ME

até amanhã às 22h

 

 

 

os Professores continuam a lutar...

 

 

 

publicado por Elisabete às 22:14
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Terça-feira, 2 de Dezembro de 2008

Imperativo patriótico

GREVE NACIONAL DE PROFESSORES

3.DEZEMBRO.2008

 

Neste momento histórico da luta dos Professores, não pode haver razões para não fazer greve.

É o momento de sermos ressarcidos das humilhações e do desrespeito sofridos durante anos.

É o momento de gritar bem alto que estamos fartos de ser paus para todo o serviço.

É o momento de exigir o reconhecimento do nosso estatuto de especialistas em educação, tanto pela formação como pela experiência.

É o momento de exigir condições de trabalho dignas, no reconhecimento da importância da função docente.

É o momento de denunciar a política burocrática, medíocre, facilitista, sem sentido de futuro, seguida pelo Ministério da Educação.

É o momento de lutar por um sucesso escolar autêntico, repudiando o sucesso falsificado para a fachada das estatísticas.

É o momento de não desistir da possibilidade de ser feliz nesta profissão.

 

Colega,

 

Não tenhas medo! Atreve-te a crer que é possível dar a volta a isto! Não te iludas com interesses partidários!

Aqui não há partidos, não há Esquerda nem Direita. Há milhares de profissionais em luta por um futuro melhor para si, para os seus alunos, para o seu país.

 

Que amanhã as nossas escolas todas se conservem de portas cerradas!

 

 

 

publicado por Elisabete às 22:59
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Segunda-feira, 1 de Dezembro de 2008

Reflectindo os nossos actos...

 

A Morte das Baleias
 
1. Esta semana, impressionou-me, especialmente, a notícia transmitida por televisões (sempre atentas à desgraça espectacular o bastante para garantir audiências), de mais onze baleias que apareceram mortas, numa praia australiana. Ninguém conhece a razão. Velhice, doença, suicídio? Não há resposta certa. É um fenómeno cada vez mais frequente. Desta vez, não a primeira, os cetáceos escolheram morrer numa praia, à vista dos homens. Se tivessem desaparecido nas profundezas do mar, num lugar desabitado, nenhures, discretamente – eu e milhões de outras pessoas nunca teríamos dado por isso. E a verdade é que me senti envolvido, nos sentimos envolvidos, eu e milhões de outras pessoas. As baleias tinham-nos procurado, na agonia. Atiravam-nos à cara a sua morte. E os especialistas não excluem a hipótese de as haver levado àquele gesto a revolta contra quem, dia a dia, destrói o mar e o torna inabitável: nós, os homens: os predadores, os gananciosos, os desumanos.
 
2. Pergunta o jovem inquieto, angustiado, perplexo – ainda não anquilosado e formatado: “como pode ser o homem desumano?” A pergunta repete a das baleias (irmãs no sofrimento) e tem resposta: a sociedade desumaniza o homem. A sociedade do lucro, do consumo, do egoísmo, da indiferença, que torce o pepino e faz do adolescente mais uma rosca da grande máquina neo-capitalista. Ao jovem, eu diria, ainda: “Hoje, nas aulas de formação de professores os formadores explicam que os alunos são matéria bruta que se mete na máquina capaz de os transformar em produto rentável”. Especulo? Minto? Talvez não. O mal das baleias é o nosso: a nostalgia da liberdade livre.
 
Manuel Poppe, O Outro Lado
Jornal de Notícias [30.Nov.2008]

 

publicado por Elisabete às 20:37
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